TRANSPLANTE DE CÓRNEA
Transplante de Córnea
Transplante de córnea é um procedimento cirúrgico no qual uma córnea doente é substituída por outra saudável de um doador.
Córnea é o tecido transparente que fica na frente do nosso olho (como se fosse o “vidro do relógio”). É através dela que a luz entra, sua função é de uma lente que ajuda focar imagem na retina.
Em que casos o transplante é recomendado?
O transplante é recomendado quando a córnea apresenta:
1) Alterações de sua transparência (ex: cicatrizes, opacidades ou distrofias)
2) Alterações de sua superfície (ex: ceratocone, irregularidades decorrentes de uma cicatriz).
Dependendo do tipo de alteração na córnea, há diferentes tipos de transplantes que podem ser mais adequados aos diversos casos existentes.
Tipos de Transplante de Córnea
Transplante de Córnea Penetrante
Nesta técnica substitui se toda espessura da córnea, por uma córnea doada. Sua indicação inclui várias patologias corneanas. Por ser feita a substituição de todo o tecido corneano, a recuperação é mais lenta e exige um seguimento rigoroso e longo.
Transplante Lamelar
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Técnica que remove aproximadamente 90% da espessura da córnea É difícil de ser realizada, mas representa uma boa opção quando
a parte interna da córnea (endotélio) está saudável. A técnica mais utilizada é chamada de “Big Bubble” (Grande Bolha), pois ar é injetado na córnea para facilitar a separação entre as camadas superficiais e profundas. Nessa técnica, somente as 2 camadas mais internas (endotélio e membrana de Descemet) permanecem, enquanto que as 3 camadas anteriores (epitélio, camada de Bowmann e estroma) são substituídas.
Indicações (alterações da superfície da córnea): ceratocone, trauma superficial, cicatriz superficial, distrofias superficiais ( ex; granular, Reis-Buckler)
Nesta técnica a recuperação é geralmente mais rápida, que a do transplante penetrante tradicional.
Transplante Lamelar Posterior
Outra inovação é o transplante lamelar posterior. Indicada para doenças que afetam o endotélio (EX: Distrofia de Fuchs, distrofia endotelial, ceratopatia bolhosa)
Técnicamente é mais difícil, porém há inúmeras vantagens:
– Mantém a estrutura ocular e sua resistência a traumas
– Mantém a superfície do próprio receptor e sua forma (topografia)
– Menor indução de astigmatismo
– Menor erro refracional após a cirurgia
– Menor necessidade de pontos
– Recuperação mais rápida .